[Entrevista] Taylor Momsen para Kerrang! Magazine.
Atriz. Modelo. Celebridade. Taylor Momsen teve muitos disfarces em sua curta vida. Mas, armada com um novo álbum do The Pretty Reckless, ela está finalmente pronta para emergir como uma rockstar...
Taylor Momsen foi uma celebridade desde sempre. Ela tem estado no show business por 18 de seus 20 anos nesse planeta. Nesse tempo, ela atuou como criança fofa em comerciais e filmes. Ela foi capa de campanhas fashions e revistas atraente para homens. Ela foi a estrela malcriada de um seriado adolescente e destaque em sites de fofoca. Mas hoje, a velha Taylor - e todas as outras - foram colocadas num buraco no chão e cobertas com terra. E uma nova Taylor está emergindo, rastejando seu caminho para fora da lama e voltar para o centro das atenções. Ela talvez tenha sido a vocalista do The Pretty Reckless por cinco anos, mas agora, finalmente, chegou a hora de conhecermos Taylor Momsen, uma estrela do rock de verdade
"Se cobrir de óleo e lama e rastejar para fora de uma cova? Ri Taylor, após seu tiro estilo Buffy. "Sim, essa é a minha ideia de diversão..."
E diversão tem sido escassa para o The Pretty Reckless recentemente. Desde que o álbum debut Light Me Up foi lançado em 2010, eles se separaram de sua grande gravadora e levaram quatro anos para concluírem o álbum a seguir, Going to Hell. Esse seria um grande tempo fora dos holofotes para uma superstar estabelecida, sem contar uma atriz-frente de uma banda de rock lutando por reconhecimento.
Mas a história por trás do lento período de gestação de Going To Hell é muito mais obscuro do que uma aspirante a roqueira lutando sem apoio de sua grande gravadora. Na verdade, The Pretty Reckless veio tendo grande progresso no álbum no estúdio do produtor Kato Khandwala em New Jersey, quando o Furacão Sandy atacou em Outubro de 2012. O estúdio foi destruído, junto com o equipamento da banda e muito do que eles estavam trabalhando.
"O estúdio foi construído para The Pretty Reckless," diz Taylor. "Era o nosso lugar e tinha uma energia perfeita. Nós tínhamos realmente uma coisa boa fluindo, então quando o furacão veio e tirou isso foi devastador."
Então, seis meses depois, enquanto a banda - completada por Ben Phillips (guitarrista), Mark Damon (baixista) e Jamie Perkins (baterista) - giravam seus dedões em frustração e Kato tentava reconstruir, a tragédia os atingiu em cheio. A esposa do produtor, Lisa, faleceu inesperadamente.
"Ela era como uma mãe para todos nós da banda," diz Taylor. "Nós éramos muito próximos. Nenhum de nós passou por isso ainda"
Nesse ponto, muitas bandas teriam desistido. Certamente, você esperaria uma celebridade superficial caindo nas drogas por emoções baratas para estar em linha reta em seu agente em busca de um bom show de comédia confortável.
Mas não Taylor Momsen. Ao contrário disso, ela canalizou sua ira, descontentamento e desespero para o álbum. Algumas músicas foram recuperadas ou regravadas, enquanto novas foram escritas sobre as situações que estavam vivendo. Eventualmente, Going To Hell 2.0 emergiu, mais obscuro, cru e pesado do que antes; um álbum ocupado por "retrocessos e tragédias" que podem provar ser o maior triúnfo de Taylor Momsen.
Mas com certeza, Light Me Up foi também um ótimo disco...para alguém que estava acostumada a ser parte do elenco de Gossip Girl. É este embargo que antes assombrou o The Pretty Reckless; o poder inegável de hinos como Make Me Wanna Die e Miss Nothing que de alguma forma foram prejudicados pelo fato de que foram escritos e cantados por alguém que antes estrelou em "O Grinch".
Não era de grande ajuda que a atenção considerável da mídia ao redor da banda raramente focava na música. De fato, isso ocasionalmente pareceu que Taylor estava querendo rolar uma pontuação diabólica no Tabloid Outrage Yahtzsee. Ela atraiu as manchetes por expor seus seios e por fazer lap dance em fãs femininas no palco enquanto, liricamente, o álbum passava músicas de drogas (My Medicine) a até, er, sexo com padres (Goin' Down).
Agora, não nos entenda mal, Going To Hell é improvável para ser votado para The Daily Mail's Album Of The Year. Ele ainda é cheio de sexo, sacrilégios simulados e comportamentos irresponsáveis, mas, agora que Taylor é uma jovem adulta, contrário de uma adolescente mais-velha-que-sua-idade, há um nível de sofisticação musical que significa que Going To Hell é centenas de vezes mais convincente do que seu precessor. Heaven Knows já se tornou o primeiro hit significante nos Estados Unidos. Taylor estava emocionada ao ouvir que ele encaixou-se entre Pink Floyd e AC/DC na rádio mais cedo hoje. The Pretty Reckless se encaixa aí, também: com um som hard rock afinados em turnê implacável, Going To Hell mostra mais de Black Sabbath, Marilyn Manson e a psicodelia de Beatles do que o primeiro álbum pop-grunge-lite, enquanto as letras de Taylor estão lidando com assuntos mais crescidos. Mesmo que nem sempre pareça assim.
A letra e o vídeo para o brilhante glam/gospel Heaven Knows também subverte imagens tradicionamente religiosas, mas a criada-católica Taylor ("Sim, eu tenho uma culpa católica - mas todos nós não temos uma culpa?") insiste que não há nenhuma agenda lá.
"Metáforas religiosas foram usadas no rock'n'roll desde o começo," ela insiste. "Olhe para Highway To Hell, Stairway to Heaven ou volte para Robert Johnson. É um modo fácil de explicar bem e mal. Eles não foram feitos para serem entendidos literalmente."
Mesmo assim, você suspeita que há grupos religiosos na América esperando para fazer exatamente o mesmo.
"Eu não sou uma satanista," ela ri. "Não é o que eu estou dizendo a todos, então fica um pouco difícil quando as pessoas tomam isso tão...por cima. Eles estão pensado num nível superficial de inferno. Isso significa que eles não estão entendendo o objetivo do disco."
Então, qual o objetivo, exatamente?
"Fazer turnê pelo mundo mudou minha perspectiva," ela diz. "Há muitos problemas, e parece que ninguém está falando ou escrevendo sobre isso. De igualdade e desigualdade de poder a sobre não tratarmos a Terra direito e não tratarmos os outros direito."
Caramba. Parece que Taylor Momsen não é quem nós pensamos que ela era. Nesse caso, quem ela é?
Taylor Momsen foi famosa por tanto tempo que ela nem lembra como sua grande estreia aconteceu. Nascida em Missouri, ela foi observada quando tinha dois anos, e logo começou a ser modelo e ir a teste de personagens em Nova Iorque com seus pais.
"Show business pode ser como um redemoinho," ela encolhe os ombros. "Minha família foi sugada nisso e eu fui sugada quando muito nova. Não foi minha escolha, mas isso me tornou em quem sou eu."
Taylor nunca sabe de mais nada, de modo que ela não professa que impacto de ter sido uma estrela infantil teve em sua vida. Mas ela sabe que isso fez ela mudar constantemente de escolas.
Destemida, Taylor se formou no colégio dois anos mais cedo. Sua habilidade de atrair confusões começou ainda mais cedo ("Na escola católica, minhas saias eram sempre mais curtas e tudo começou aí..."), mas ela nega que sua inclinação para controvérsias vem da rebelião da escola católica/de ser atriz mirim.
"Eu não acho que estou me rebelando," ela diz. "Eu apenas estou fazendo o que tenho que fazer. Estou tentando realizar minha ideia."
Essa ideia poderia ser diferente se, aos 12 anos, ela tivesse passado na audição para papel principal em Hannah Montana. Ela minimiza a significância disso hoje ("Eu não consegui, então você segue em frente...embora eu sei que eu seria bem mais rica se eu tivesse conseguido"), mas é difícil não ver alguns paralelos entre ela e a atriz que conseguiu o papel - Miley Cyrus.
Afinal, elas têm a mesma idade, ambas atingiram a fama cedo e ambas são imediatamente identificadas com um papel de TV (Taylor como Jenny Humphrey em Gossip Girl). E, como algumas pessoas ainda não conseguem tirar da cabeça que Miley Cyrus não é mais Hannah Montana, as linhas entre Taylor e Little J - que começou agradável antes de se transformar numa gótica garota má - parecem eternamente turvas.
Taylor diz que, hoje em dia, fãs nos seus shows querem autógrafos nos CDs do The Pretty Reckless ao contrário de nos posters do Gossip Girl, mas ela admite que entende a confusão. "Eu penso que Sarah Michelle Gellar é a Buffy, se isso te ajuda..." ela ri.
"A nudez entrou em cena como homenagem," ela diz. "Mas há muita metáfora acontecendo. Estamos dizendo, 'Você vem para esse mundo sem nada a não ser sua alma, e você vai embora sem nada a não ser sua alma.'"
No entanto, é a imagem de um asno, em vez de uma alma, susceptível de ser "mal interpretado" por adolescentes excitados e guardiões da moral. Não te preocupa que isso pare as pessoas de te levarem como uma musicista séria?
"Isso não parou Eric Clapton," ela retorna. "Tabloides explorando isso para criar uma manchete é incompreensível. Mas eu não ligo para isso e os fãs também não. Não é vulgar - é uma foto chocante."
Ela também não tem tempo para aqueles que insistem que ela, como uma rockstar com uma juventude predominante e público feminino, tenha responsabilidade para ser uma modelo.
"Eu não vivo minha vida pessoal publicamente," ela diz. "O que eu faço pessoalmente, francamente, não é da conta de vocês. Se alguém tira uma foto de mim fumando, eles me chamam de má modelo. Acredite em mim, eu não queria estar fumando - é terrível, e eu estou tentando parar. Mas eu não posso evitar isso. Se você colocar essa foto na internet, a culpa é sua - VOCÊ está sendo um má modelo.
Eu sou apenas uma artista. O modelo é a música, não eu como pessoa. Eu não estou aqui para ser seu divertimento - a música sim. Se você realmente quer aprender sobre minha vida pessoal, ouça as músicas..."
E, realmente, Taylor está certa: ela e sua música merecem mais respeito. Ela insiste que a música sempre foi sua verdadeira paixão: ela formou sua primeira banda na escola secundária. E, com 18 anos, ela teve a coragem e ambição (sem contar a firmeza necessária para sair de um contrato de TV explícito) para sair de Gossip Girl - e a potencial fama e fortuna de Hollywood oferecidas - em favor de uma carreira de música incerta.
Mesmo agora, ela poderia ter escolhido a opção fácil de cantar alguma música pop pré-feita e negociar sua celebridade, mas, ao contrário disso, escolheu formar uma banda de rock'n'roll; escrevendo suas próprias músicas, conseguindo apoios - com Evanescence, Guns N' Roses e, nesse mês, Fall Out Boy - e encarando as vaias.
Ela rastejou por muita lama para chegar aqui mas, com o The Pretty Reckless próximo de realizar seu potencial, ela tem a satisfação de saber que tudo que ela adquiriu foi feito de sua maneira: do modo difícil.
"Não há caminho certo ou errado," ela diz, antes de ir para os ensaios.
"Há somente o seu caminho. E, francamente, eu não faria isso se não fosse minha música e minha visão. Eu não entendo como artistas cantam músicas de outras pessoas. Eu tenho uma voz e eu tenho algo a dizer, e se isso não é feito do meu jeito, eu não estou interessada."
Mas, finalmente, todos deveriam estar. Digam oi para a nova Taylor Momsen, todo mundo. Ela está pronta para fazer o inferno de um rockstar.
Tudo que você poderia possivelmente querer saber sobre a morte, respondido pela senhorita Momsen
O ÁLBUM É CHAMADO "GOING TO HELL" - VOCÊ ACREDITA NO INFERNO?
TAYLOR DIZ: Eu não acredito que há um buraco no chão com demônios nele. Talvez eu esteja errada, mas eu pessoalmente não acredito nisso. O inferno está ao nosso redor e nós já estamos nele, por causa do que nós fazemos.
ENTÃO, O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ MORRE?
TAYLOR DIZ: Eu não sei. Eu recorro a saber que não sei nada.
VOCÊ SE PREOCUPA COM A MORTE?
TAYLOR DIZ: Todo mundo pensa sobre a morte em algum momento. Todo mundo têm medo do desconhecido; francamente, nós não SABEMOS o que acontece. Não há nenhuma prova atual de qualquer jeito. Sinta-se livre para acreditar no que você quer, porque eu não tenho uma resposta. Claro, há um pouco de incerteza quando você pensa sobre isso. É isso? Isso é tudo o que conseguimos? E, se esse é o caso, eu espero que eu faça um bom disco, porque isso é tudo o que tenho!
VOCÊ JÁ PENSOU EM COMO VOCÊ GOSTARIA DE MORRER?
TAYLOR DIZ: Bem, eu não gostaria de morrer tragicamente, posso dizer que muito. Ou com dor. Eu tenho certeza que todo mundo diria isso! Claro que eu gostaria de morrer em paz, mas eu não quero morrer ainda. Eu quero fazer muitos outros discos antes de morrer.
All Time Low assume o controle!
Taylor Momsen se protege enquanto nossos convidados jogam perguntas quentes em seu rosto...
JACK: Como foi a transição de uma ocupada carreira de atriz para a música?
TAYLOR: Você não tem nem como comparar as duas; literalmente não há similaridade qualquer, a não ser pela falta de sono. Mas a falta de sono veio por causa que eu estava fazendo um disco enquanto filmava. Então, eu ia trabalhar as 4am, ficava pronta em 6pm ou 8pm, ia direto para o estúdio, trabalhava até 1am e então voltava para Gossip Girl. Eu estava vivendo de Red Bull, mas eu tinha apenas 15 anos, então estava tudo bem! E isso fez a transição para a turnê um pouco mais fácil, porque eu me acostumei a não dormir!
ZACK: Quem é sua maior influência?
TAYLOR: The Beatles. Por quê? Porque eles são a maior banda de todos os tempos! A coisa que faz deles tão ótimos é que eles são muito diversificados. Toda vez que você coloca um disco do Beatles, você aprende um pouco mais como músico. Eles fizeram o arsenal de música deles inteiro tão rápido que isso faz você se sentir um perdedor. Eles passaram por todas suas transições em, tipo, seis anos. Isso são três carreiras pop!
RIAN: O que te impulsiona a escrever a música que você faz?
TAYLOR: Instinto, determinação, energia na minha alma. Eu não sei o que realmente me impulsiona, mas certamente há um impulsionamento aqui. Isso te devora se você não faz música; é algo que é parte de mim.
ALEX: Você acredita que a arte deve sempre ter um valor chocante?
TAYLOR: Depende de quem está olhando ou escutando. Se é chocante para você, então claro, mas eu não acho que deva sempre ter, em qualquer significado. Bob Dylan é chocante? Você usaria essa palavra? Eu usaria as palavras "ótimo" e "inovador" e "surpreendente", mas não "chocante". Mas, no momento, foi chocante no quão surpreendente ele for, com certeza. Mas não é um requisito.
Tradução feita por: Fc Taylor Momsen
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