Nova review do álbum Going To Hell:
The Pretty Reckless - Going To Hell
Eles fizeram de novo...
The Pretty Reckless construiu um conjunto de músicas que vão fazer você balançar seu pé, cerrar seus punhos, e fazer você querer bater na cara de uma freira.
Se você é familiar com a The Pretty Reckless e seu primeiro álbum, Light Me Up, você sabe o quanto essa banda é letal. Eles são, indiscutivelmente, a melhor nova banda de hard rock a entrar na cena na última (ou duas) décadas, e Going To Hell é a confirmação de que a coroa do hard rock pertence à cabeça de Taylor Momsen. Como muitos de vocês, estou bem convencido de que não há ninguém melhor que Momsen para liderar uma banda. Escolarizada no rock clássico, essa cantora de 20 anos é perfeita para a próxima geração de crianças do hard rock e metal. Ela infunde suas raízes de rock clássico com o moderno hard rock de hoje em dia em músicas escritas perfeitamente que fazem o ouvinte se mover e sentir. E sim, eu a chamei de cantora. Claro, ela é o prato mais delicioso na cozinha do hard rock, mas não se engane, ela não é um profiterole. Ela tem bolas maiores do que a maioria dos homens por aí. A melhor parte de Taylor Momsen é que ela é o pacote completo – swagger, sexualidade, sensitividade, despreocupação imprudente, e o verdadeiro ranger – e tudo está vívido por toda parte em Going To Hell.
Por causa dos vários estilos e o fato de que o álbum não deve ir para as lojas por outro mês ou mais no tempo que isso será publicado, vou revelar cada faixa para você…
1) Follow Me Down – Na minha entrevista com Taylor, eu perguntei qual música pode representar melhor o som da The Pretty Reckless, e essa foi a que ela escolheu. A música começa com o som de uma sirene de uma polícia britânica e o som orgásmico de uma jovem gemendo, essa música alegra. A primeira nota que é cantada morde sua carne como um pit bull, e o swagger e a sexualidade correm violentamente. “Me siga até o rio, estarei aqui nos meus joelhos” é cantada em frente a um ritmo de contusão, cortesia do guitarrista Ben Phillips, baixista Mark Damon, e baterista Jamie Perkins. Bem-vindo a The Pretty Reckless.
2) Going To Hell - Muitos de vocês já escutaram essa faixa, enquanto ela já está vendendo dezenas de milhares do iTunes e seu vídeo perverso já circulou a mídia de todos os tipos. Essa é uma música perfeita. Com um riff que faz de todos nós rockstars da “guitarra imaginária”, e um vocal ardente que vai te dar arrepios, essa é uma obra-prima do hard rock.
3) Heaven Knows – Outra faixa que você já deve conhecer agora, é também uma grande vendedora como um lançamento mais cedo do álbum. Essa é o hino clássico do hard rock, complete com uma batida de marcha da bateria e o vocal com um entoar cântico feito no espírito de “We Will Rock You” de Queens. E, ah, cara, essa deve ser muito divertida ao vivo! Uma música perfeita para cantar junto.
4) House On A Hill – Esse tem que ser a melhor obra de arte da The Pretty Reckless. Momsen faz uma de suas melhores performances nessa “power ballad”. As faixas vocais em camadas e a orquestra são empacotados juntos em uma faixa dirigida por emoção que sobe de um jeito agitado, escuro, e sensível.
Sweet Things – A banda tem tocado essa nos seus shows recentemente, e ela meio que me choca. Essa é a faixa do álbum que precisei escutar algumas vezes para absorver e apreciar completamente. É uma música que circula em três direções diferentes. Começa com um riff afiado de Ben Phillips e um ataque vocal lancinante por Taylor Momsen e então cai para uma chave vocal menor que é fortemente influenciada por Alice In Chains. A faixa fica muito interessante enquanto diminui para um segmento vocal assustador de Phillips. “Ei, pequena menina/Entre, eu tenho algumas coisas doces” é muito assustador de um jeito como o de Marilyn Manson (um jeito muito bom!). Então o microfone volta para Momsen e ela faz um segmento de “pequena menina” que é quase como os Beatles. Uma música estranha que vai muito mais fundo musicalmente do que a maioria, mas quando você cava por ela, ela toca muito bem.
5) Dear Sister – Um pouco de vocal de canção de ninar (que ocorre em 0:55) apoiado em um som estridente de guitarra que tem uma vibe psicodélica dos anos 60.
6) Absolution – Essa é minha faixa preferida do álbum. Começa com um riff acústico e subserviente que cria um sulco galopante, e então explode com a mordida raivosa de Momsen e o acorde perfeito. O refrão da música volta ao galope lustroso, astuto e estável com Momsen fazendo um vocal suave e sonhador. A banda então sai do refrão e entrega golpes esmagadores várias vezes. Quando Taylor canta a linha “Pule no sol/Querido garoto, do que você está fugindo” os arrepios foram para baixo e para cima na minha coluna. Wow.
7) Blame Me – Essa é a faixa mais simples e estável no álbum. Uma batida simples de balançar os pés na bateria, um vocal forte mas relaxado e um enorme anzol. Essa é a que você vai ficar cantando o dia todo.
8) Burn – Essa balada clássica corre apenas durante 90 segundos e é outra performance de vocal crescente de Momsen. Eu acho que o principal propósito desta faixa é estabelecer uma das músicas mais pesadas do álbum…
9) Why’d You Bring A Shotgun To The Party – Essa saiu direto do playbook do Marilyn Manson. Com um ritmo pesado similar a “Dope Show” de Manson, e um vocal astuto que arrepia como um gato, essa é contundente e divertida. É também onde Taylor usa aquela despreocupação imprudente de que eu estava falando mais cedo. Escute ela alcançar novas alturas aqui.
10) Fucked Up World – Ok, essa pode ser minha faixa preferida. Tem um toque “vadia durona” da Joan Jett, mas porque nunca teve uma vadia tão foda quanto a Taylor Momsen, essa música vai para um próximo nível. Se não fosse pela vulgaridade, eu diria que esse poderia ser o próximo single, mas acho que a rádio se fecharia até pelo título da música. “É um mundo fodido o que você consegue/sexo e amor e armas/acenda um cigarro” Depois de escutar essa música, essas são as palavras que você ficará cantando em todo lugar, eu prometo. Você vai cantar alto, também. Alto e orgulhosamente. (Nota: escute a semelhança com The Who nesta música. O pequeno “oh yeah” do Roger Daltrey de “I Can See For Miles” é replicado perfeitamente nesta música. Você tem que amar.)
11) Waiting For A Friend – Que jeito ótimo de terminar um dos melhores álbuns de hard rock em décadas – com uma música que parece que foi escrita na varanda da fazenda de Willie Nelson. Momsen está acompanhada apenas pelo som acústico estridente do violão e uma gaita e ela faz tudo funcionar com seu tom grosseiro e gutural. Sua natureza simplista é perfeita quando ela canta “Minha cabeça é como uma cela de prisão/Estou sozinha/Estou esperando por meu amigo/Para vir e me tirar”.
Essa banda provou que pode escrever músicas e as tocar com uma intensidade tremenda. Taylor Momsen provou que tem controle sobre sua voz. Ela sabe o sentimento e energia de todas as músicas e usa as qualidades de sua voz de acordo. Com seu talento como cantora provado, e o fato de que ela é mais quente que a superfície do sol, não vejo nenhuma razão para a The Pretty Reckless não conquistar o mundo em 2014.
Tradução por: Taylor Momsen Brasil.
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